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Walter Torre estreia na área de portos

Valor Econômico - 12 de janeiro de 2016 2219 Visualizações
Walter Torre estreia na área de portos
A empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais vai estrear no setor portuário. A Secretaria de Portos (SEP) assina, hoje, o contrato de autorização para a WPR instalar um terminal de uso privado (TUP) em São Luís (MA), batizado de Porto São Luís, conforme adiantou o Valor PRO, serviço em tempo real do Valor.
A instalação será um complexo multiuso que reunirá a movimentação de granéis sólidos, granéis líquidos e carga geral com capacidade anual para movimentar 24,8 milhões de toneladas. A intenção da empresa é, no futuro, operar também contêineres.
O empreendimento demandará investimentos de R$ 1 bilhão, sendo R$ 780 milhões na primeira fase da obra. Pelo contrato de adesão que será firmado com a SEP, a WPR terá até três anos, prorrogáveis por igual período, para construir o terminal.
É um investimento elevado que vai adicionar uma grande capacidade à região do cluster São Luís - Vila do Conde (PA), disse o ministro dos Portos, Helder Barbalho.
O projeto será desenvolvido em uma área de 2 milhões de metros quadrados, com acesso direto à BR-135 (que liga o Maranhão a Minas Gerais) e às ferrovias Carajás e Transnordestina.
A WPR tem em seu controle os acionistas Paulo Remy Gillet Neto e Walter Torre Jr., respectivamente presidente executivo e presidente do conselho de administração do grupo WTorre. Apesar de o projeto ter nascido dentro do grupo, a empresa é hoje independente.
Novata no setor, a WPR está selecionando um operador portuário para tocar o negócio. Estamos em negociação com várias corporações, mas por questões de confidencialidade não podemos divulgar no momento. Vale ressaltar que o papel da WPR é o de investir e desenvolver. Nós não seremos um operador do segmento, disse Gillet Neto.
A capital maranhense foi escolhida pelas características geográficas privilegiadas. Está próxima aos mercados europeu, americano e asiático, via canal do Panamá - cuja expansão está próxima de ser inaugurada -, e tem infraestrutura de acesso.
O Porto São Luís terá seis berços de atracação com calado natural de 18 metros. A capacidade de movimentação será distribuída da seguinte forma: 6 milhões de toneladas de grãos; 2,2 milhões de toneladas de fertilizantes; 1,5 milhão de toneladas de celulose e 2,4 milhões de metros cúbicos de litros de combustível.
Atualmente, a WPR está estruturando o processo de captação de recursos junto a investidores estrangeiros e bancos de fomento local. Por se tratar de um projeto estratégico e de infraestrutura, mesmo neste momento de crise, acredito que não teremos dificuldades para captar os recursos necessários, afirmou Gillet Neto.
Por ser um TUP - modalidade de terminal construído em área privada, fora do porto público -, a instalação do Porto São Luís dispensa licitação. O contrato de adesão será válido por 25 anos, podendo ser sucessivamente renovado. Para obter a prorrogação, contudo, a autorizada deverá apresentar o pedido 18 meses antes do fim do contrato.
O Porto São Luís será o 11º TUP autorizado pela SEP desde o anúncio da segunda fase do Programa de Investimento em Logística (PIL 2), em junho de 2015, que prevê 63 novos TUPs.
O ministro Helder Barbalho adiantou ao Valor que, ainda neste mês, mais dois TUPs serão aprovados. Um é o investimento de R$ 850 milhões da Bahia Terminais, em Candeias (BA), para um terminal de carga geral com capacidade para 3,6 milhões de toneladas por ano. O outro será uma instalação de apoio offshore da Nutripetro, em Aracruz (ES), que operará carga geral e granel líquido, com investimento de R$ 279 milhões.