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Ponte que liga Dinamarca e Suécia se destaca como um dos marcos da engenharia moderna

Redação EC - 14 de dezembro de 2018 2528 Visualizações
 
Conhecida como “ponte impossível”, complexo de Oresund é formado por ponte estaiada, túnel submarino e ilha artificial 
 
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Nascida do sonho de construir uma via de comunicação entre a Dinamarca e a Suécia, a ponte Oresund, mais conhecida como “ponte impossível”, é um marco da engenharia moderna. Com 16 quilômetros de extensão, incluindo o trecho de ponte estaiada e túnel submarino, a Oresund começou a ser efetivamente construída em 1995, mas, antes disso, o projeto foi estudado por quatro anos. Para se ter uma ideia, até mesmo a manutenção da estrutura foi planejada antes que ela saísse do papel. Afinal, envolta em condições inóspitas e perigosas, a ponte foi um desafio desde o começo.
 
Os números que envolveram a construção impressionam. Ao todo, foram consumidos quase 2 trilhões de quilos de rocha, areia retirada do fundo do mar e entulhos. Tanto na ponte, quanto no túnel submarino, que conta com 4 quilômetros de extensão, foram usados 280 mil m3 de concreto estrutural, 82 mil toneladas de aço estrutural e 60 mil toneladas de aço corrugado. Os elementos para o túnel, por sua vez, são os maiores já produzidos pela indústria de pré-fabricados de concreto em todo o mundo. Cada uma das 20 peças tem 75 metros de comprimento, 38 metros de largura e 8,5 metros de altura, consumindo o equivalente a 8 trilhões de litros de concreto. 
 
Para comprovar que os materiais que seriam utilizados poderiam arcar com as exigências da obra, eles foram testados por mais de um ano em várias frentes. Além de verificaram a resistência ao gelo-degelo, ao sal marinho e à compressão, os testes também aferiram questões como fissuração, relação água/cimento, fluência e maturidade. 
 
Complexo que impressiona
 
Formado por ponte, túnel submarino e ilha artificial, a complexo da Oresund conta com uma autoestrada destinada ao tráfego rodoviário, na parte superior de concreto, com 6 pistas – duas para circulação de carros, duas vias férreas e mais duas de emergência. A construção de três estruturas diferentes foi estratégica. Uma ponte grande demais poderia comprometer o tráfego aéreo. No entanto, uma ponte mais baixa poderia afetar o tráfego das embarcações que costumam se deslocar pelo Mar Báltico. Portanto, a decisão final foi a de construir a estrutura em três partes.
 
Dos 16 quilômetros de extensão, a ponte estaiada é responsável por metade do comprimento do elo, com aproximadamente 8 quilômetros. Ela é sustentada por dois postes de 204 metros de altura. Na ponte, a estrada de ferro e a autoestrada correm em níveis separados com a via férrea no andar inferior e o tráfego de veículos no andar superior.
 
Ligando a ponte e o túnel, projetou-se a ilha artificial de Peberholm, onde a ferrovia e a autoestrada funcionam. Com 4 quilômetros de comprimento, a Peberholm foi construída a partir do material dragado do fundo do mar de Oresund para acomodar os pilares da ponte e o túnel.
 
Ficha técnica:
 
Nome da obra: Öresund
Início:1995
Término: 1999
Data de inauguração: 1 de junho de 2000
Arquiteto responsável: George KS Rotne
Firma de arquitetura: Multinacional Arup
 
Para saber mais sobre este marco da engenharia, assista ao documentário: https://youtu.be/uNzRLQ_IHTQ