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Consórcio é alternativa para investimento em sistemas de energia solar

Ambiente e Energia - 09 de janeiro de 2019 849 Visualizações
 
A preocupação com o meio ambiente e o desejo de diminuir os gastos com a conta de luz têm feito com que, cada vez mais, os consumidores optem por sistemas de energias mais sustentáveis, como a solar.
 
Segundo o relatório “Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018”, publicado pela ONU Meio Ambiente no início deste ano, somente em 2017, o mundo instalou um recorde de 98 gigawatts (GW) de nova capacidade solar e investiu cerca de 160,8 bilhões de dólares nesse tipo de energia – um aumento de 18% na comparação com o ano anterior, e mais do que qualquer outra tecnologia.
 
“Quando ampliamos a geração de energia para consumo advinda de fonte solar, deixamos de impactar diretamente sobre o meio ambiente, evitando a construção de grandes hidrelétricas que provocam perda de biodiversidade, com supressão de vegetação e barragem de rios, e evitamos a liberação de gases de efeito estufa (termelétricas a gás ou carvão mineral).

Os benefícios são imensos”, explica o doutor em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-doutor pela University of Wisconsin (EUA) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Fabiano Melo.

Apesar das vantagens ao meio ambiente e do aumento na procura por esse tipo de energia, a compra e instalação de painéis solares ainda custam caro, sobretudo no Brasil.

Entretanto, o investimento vale a pena, especialmente quando observados o potencial de valorização do imóvel com placas solares, que varia de 3% a 6%, segundo pesquisas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, e a redução da conta de luz, que pode ultrapassar facilmente os 60%. “A compra e instalação de um sistema fotovoltaico para uma residência custa a partir de R$ 20 mil, podendo chegar a R$ 120 mil em uma casa de alto padrão.

Por outro lado, a pessoa recupera rapidamente esse investimento, tendo em vista a redução significativa no valor da conta de luz”, avalia André Marini, diretor comercial da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário.
 
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Uma alternativa para driblar os altos custos de compra de um sistema fotovoltaico em casa ou na empresa está no consórcio, que funciona como uma poupança programada, sem a cobrança de entrada e juros.

“É um sistema de autofinanciamento, no qual as pessoas vão pagando parcelas para formar um fundo. Quanto mais o grupo arrecada, melhor para os participantes”, explica Marini.

Especialista em consórcio de imóveis, a Ademilar conta com planos diversos para a compra de painéis solares. Os créditos variam de R$ 85 mil reais a R$ 2 milhões, com parcelas a partir de R$ 360.

O crédito é atualizado anualmente com base no INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o que garante poder de compra. Vale frisar que a compra do sistema fotovoltaico, por meio do consórcio, pode ser feito se o consorciado optar pelo processo de reforma.

O consórcio pode ser feito tanto por pessoas físicas como jurídicas. As contemplações mensais acontecem por sorteio e lances. Além disso, o consumidor pode contar com consultoria para saber qual sistema fotovoltaico adotar, de acordo com o valor gasto em energia.

“O cliente entrega a conta de luz e a empresa que faz a parceria com o licenciado Ademilar já desenvolve o projeto ideal para cada cliente”, finaliza Marini.

Usina solar a custo zero

Uma usina solar que gera energia para utilização no câmpus Ecoville da Universidade Positivo, em Curitiba, acaba de entrar em funcionamento.

A geração é equivalente ao abastecimento de 46 residências e deixa de emitir 8 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A grande novidade é que para implantar a tecnologia a instituição não teve custo.

A transação utilizada foi viabilizada por meio da Alexandria – empresa brasileira de tecnologia especializada em energias renováveis – que buscou uma alternativa que tivesse o pagamento mensal menor do que o custo com a concessionária de energia.

“Além de ter uma economia imediata, outra vantagem é que depois de um período, a usina passa ser propriedade do cliente a custo zero”, afirma o empresário Alexandre Brandão responsável pelo negócio.

Segundo Brandão, os repasses mensais dos clientes são revertidos em LexTokens, a unidade de financiamento das usinas. A instalação da usina solar nesse modelo é apenas a primeira fase de implantação de um grande projeto.

A Universidade Positivo montou um estudo de implementação de forma faseada, que irá combinar vários tipos de energias renováveis e deve seguir no próximo ano com objetivo de dar autossuficiência energética para o grupo.

De acordo com o gerente de Serviços Administrativos da Divisão de Ensino do Grupo Positivo e Gestor do Projeto de Eficiência Energética, Jair Bordignon, a Universidade Positivo já buscava uma solução sustentável há algum tempo.

“A usina solar é fundamental tanto do ponto de vista ecológico, quanto do acadêmico. Os estudantes de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia, por exemplo, podem utilizar a usina para a prática pedagógica.

Além disso, a usina integra o Sistema de Gestão Ambiental da instituição, que já conta com o mercado livre de energia” explica.