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Santos Brasil fecha contrato com a construtora baiana AXXO

Valor - 18 de abril de 2019 1351 Visualizações
 Santos Brasil fecha contrato com a construtora baiana AXXO
A Santos Brasil, maior operadora de contêineres da América Latina, dá início a mais uma etapa de seu plano de investimentos de R$ 1,3 bilhão no Tecon Santos, acertados com o governo federal nas negociações de ampliação do contrato de concessão, de 2022 até 2047. Em julho, começam as obras de ampliação do cais, que vão car prontas no m do próximo ano. O terminal situa-se na margem esquerda do Porto de Santos, no município de Guarujá.

Para executar a obra, a empresa acabou de fechar contrato com a construtora baiana AXXO, que venceu uma concorrência entre grupos nacionais e estrangeiros. O valor do contrato é de R$ 150 milhões. Serão mais 220 metros de cais agregados aos atuais 980 metros do Tecon e 210 do Terminal de Veículos (TEV). “Com esse investimento, poderemos receber, ao mesmo tempo, três navios da nova geração Panamax, que foram construídos com 366 metros de comprimento” , diz Antônio Carlos Duarte Sepúlveda, presidente da Santos Brasil. Atualmente, a maior embarcação que entra no porto tem 335 metros. O novo Panamax é capaz de transportar entre 7 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e 12,5 mil TEUs. O executivo informa que todas as obras civis no terminal deverão ser concluídas até 2022 e toda a parte de modernização e expansão da frota de equipamentos, até 2031. Ao nal, o cais passará a ter um único calado, de 15 metros. Atualmente, parte do calado tem 13,70 metros. Aguardese apenas a licença de instalação para dar partida às obras. Com a expansão do cais e podendo receber navios maiores, a empresa prevê ampliar sua capacidade de movimentação de contêineres em 20%, para 2,4 milhões de TEUs por ano.

“Esse plano de modernização e expansão visa também ganhar mais eciência e produtividade para elevar nossa competitividade” , diz o executivo. No ano passado, o Tecon Santos movimentou 917,3 mil contêineres , equivalente a 1,44 milhão de TEUs. O volume foi 7,8% acima do de 2017. O terminal detém 35% de participação na movimentação de contêineres no porto santista. As demais concorrentes são o Brasil Terminal Portuário (BTP) e o DP World Santos (antigo Embraport) Até agora, a Santos Brasil investiu R$ 100 milhões na compra de equipamentos, como guindastes de cais, movimentadores de cargas, reboques, entre outros, para o terminal. “Estamos também trocando a frota movida a diesel por veículos elétricos” , diz Sepúlveda. Nos próximos anos serão feitas compras de novos lotes. Para atingir a nova capacidade, serão mais dois guindastes. A movimentação de contêineres em Santos em 2018 foi 4,12 milhões de TEUs, alta de 4% em relação ao ano anterior. “Esse mercado sofreu bastante entre 2015 e 2017. Dependemos da vitalidade da economia e da reativação de importantes setores industriais, tanto para uso na exportação quanto nas importações. Geralmente, o setor de contêiner cresce três vez o PIB” , arma o executivo. A Santos Brasil, criada há 20 anos e listada no Novo Mercado da B3, teve receita líquida de R$ 921 milhões no ano passado, Além do Tecon Santos, opera outros dois terminais no país — Vila do Conde, no Pará (ao sul de Belém) e Imbituba, em Santa Catarina. Tem ainda, em Santos, um terminal de veículos e uma empresa de operação logística que atua integrada aos três terminais. Embora não tenha dívida — fechou o ano com caixa líquido de R$ 26,3 milhões —, a empresa está buscando uma captação de R$ 300 milhões, no Brasil e Ásia, para nanciar os investimentos dessa fase. Está lançando uma debênture, ofertada a investidores institucionais e pessoas físicas. “Temos uma equipe neste momento fazendo road shows na China” , disse Sepúlvida.