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Turquia inaugura ponte mais tecnológica da Europa

Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé - 21 de setembro de 2016 2162 Visualizações
No final de junho de 2016, foi inaugurada na Turquia a Oman Gazi Bridge. A ponte com 2.682 metros de comprimento tem 1.550 metros de vão central. Erguida sobre a baía de Izmit, no noroeste do país, trata-se da quarta maior ponte pênsil do mundo. Mas o que impressiona é o conjunto de tecnologias empreendidas em sua concepção. Executada pela gigante japonesa IHI Corporation, a obra usou sistemas mistos de concreto e aço, seguindo o projeto arquitetônico idealizado pelo escritório dinamarquês COWI.
Os pilares e as estruturas que sustentam as cabeceiras da ponte são em concreto e os tabuleiros em aço. Foram consumidas 85.000 toneladas de aço e 125 mil m³ de concreto para erguer a Oman Gazi Bridge. A ponte custou o equivalente a US$ 1 bilhão e deve se pagar em cinco anos. Construída com recursos privados, e concessão de 22 anos, a Oman Gazi Bridge é pedagiada e já recebe fluxo diário de 40 mil veículos.
 
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Sua construção foi viabilizada por um programa de privatização de rodovias iniciado em 2013 pelo governo da Turquia. Até agora, já foram investidos US$ 7,3 bilhões em recuperação de estradas e construção de novas infraestruturas rodoviárias no país. Estão previstos investimentos em mais 200 pontes. Nenhuma, porém, com a tecnologia embarcada na Oman Gazi Bridge, que transformou a viagem de 1 hora e 20 minutos, entre uma extremidade e outra da baía de Izmit, em um percurso de 6 minutos.
A Oman Gazi Bridge faz parte de um complexo rodoviário de 409 quilômetros, que liga Istambul, maior cidade da Turquia, a Izmir, a terceira mais populosa do país. Seu projeto, com tabuleiros de aço, conectados como se fossem peças de Lego, foi pensado para que a estrutura resista a terremotos. A região onde foi construída é propensa a tremores e, por isso, a ponte é monitorada 24 horas por 390 sensores instalados em pontos estratégicos para detectar vibrações.
 
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Controle da umidade
Além disso, possui sensores que indicam o grau de umidade e risco de corrosão nas peças de aço. Internamente, cada tabuleiro possui estabilizadores climáticos, que não deixam passar de 40% o grau de umidade dentro de cada estrutura. Tanto os pilares de aço – assentados sobre bases de concreto – quanto os pilares de concreto foram projetados para resistir tremores. A solução encontrada foi fazê-los repousar sobre “camas de cascalhos”, as quais funcionam como colchões em caso de terremoto, aplacando a transferência de energia sísmica para a estrutura da ponte.
O projeto arquitetônico também agregou conceitos aerodinâmicos à Oman Gazi Bridge, para que ela tenha mais estabilidade e resistência aos ventos. Com seis pistas (três em cada sentido), a ponte levou 42 meses para ser construída. Boa parte de sua estrutura é pré-fabricada e foi apenas montada no local. Os tabuleiros, por exemplo, foram concebidos na Romênia.
Entre as maiores pontes suspensas do mundo, ela só perde em tamanho para a Akashi-Kaikyo, na cidade de Kobe, no Japão, que tem 3.911 metros de comprimento total e 1.991 metros de vão central. É inferior também à Xihoumen, no arquipélago de Zhoushan, na China, e que possui 2.600 metros de comprimento e vão central de 1.650 metros. Fica abaixo ainda da Great Belt Bridge, na Dinamarca, que tem vão central de 1.600 metros e 6.790 metros de comprimento.
 
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Entrevistados
IHI Corporation (via assessoria de imprensa)
COWI (via assessoria de imprensa)
 
Contatos
info@ihi.co.jp
chhm@cowi.com
Créditos Fotos: Divulgação/IHI Corp e siemens.com/press
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330