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Túnel ferroviário no Tibete é eleito o melhor do mundo

Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé - 24 de novembro de 2016 1641 Visualizações
Túnel ferroviário no Tibete é eleito o melhor do mundo
O novo túnel Guanjiao, cuja construção começou em 2007 e terminou dia 28 de dezembro de 2014, foi eleito o melhor do mundo de 2015, pela International Tunnelling and Underground Space Association (Associação Internacional de Túneis). A premiação está em sua segunda edição e elege sempre as obras finalizadas no ano anterior. Como o Guanjiao foi inaugurado faltando três dias para 2015, entrou no rol de projetos da temporada passada.
O empreendimento com 32,690 quilômetros de comprimento faz parte do complexo ferroviário que liga as províncias de Xining a Qinghai. O túnel corta a cordilheira do Tibete e os desafios para construí-lo é que garantiram sua eleição entre as obras com custo acima de 500 milhões de euros – o valor em reais foi de 2,480 bilhões. O canteiro para a construção do túnel Guanjiao foi instalado a 3,6 mil metros de altitude.
A geologia das rochas também exigiu que boa parte das escavações fosse por detonação, em vez do uso de TBM (Tunnel Boring Machine) – conhecido no Brasil como “tatuzão”. Houve pouca aplicação de concreto para revestir o túnel, pois ele tem uma hidrogeologia complexa. As escavações mostraram que seria preciso um sistema de drenagem para retirar diariamente 320 mil m³ de água, que vêm do gelo acumulado na cordilheira do Tibete e que acaba derretendo e penetrando na rocha. Por isso, a solução foi revestir o túnel com material polimérico (plástico).
 
Linha 4 do metrô do Rio
Além do novo túnel Guanjiao, a China ganhou também o prêmio de projeto do ano, concedido à construção da estação Chongqing, que liga duas linhas de metrô na cidade. O desafio da obra é que ela precisou atingir a profundidade de 760 metros para não comprometer as estruturas dos edifícios que estão em seu entorno. A estação está envolvida por grandes elementos de concreto, que alcançam 8,6 metros de largura para poder suportar a sobrecarga do terreno.
Outra obra de metrô eleita pela Associação Internacional de Túneis foi a linha 4 do metrô do Rio – principal complexo de mobilidade urbana para os jogos olímpicos de 2016. A obra ganhou o prêmio de inovação tecnológica, pois durante as escavações foi encontrado um “banco de areia” entre as rochas, o que exigiu o emprego de uma nova geração de tuneladoras, conhecida como EPB. O equipamento é apropriado para escavar terrenos arenosos.
A remodelação da estação Vauxhall do metrô de Londres também foi contemplada, por causa do novo túnel de concreto armadoconstruído para dar acesso aos usuários da linha. Outra obra premiada foi a que envolve o programa de despoluição do rio Emscher, na Alemanha. Um túnel de 47 quilômetros vai captar os resíduos da mineração de carvão – uma das atividades econômicas da região – e conduzir o material a uma estação de tratamento, impedindo que materiais poluentes sejam lançados no rio.
A premiação também escolheu o melhor engenheiro especialista em túneis. Venceu o profissional da Malásia, Derek Eng. Ele concorreu com outros cinco especialistas, entre eles o brasileiro Marlísio Oliveira Cecílio Júnior. Também estavam na disputa Mehdi Bakhshi, dos Estados Unidos; Oh Jinnie e Senthilnath G.T, de Cingapura, e Jiang Chao, da China.
 
Entrevistado
International Tunnelling and Underground Space Association (Associação Internacional de Túneis) (via departamento de comunicação)
 
Contatos
awards@ita-aites.org
www.ita-aites.org
Crédito Foto: Divulgação/Governo da China
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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