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Os planos de Paris para incentivar a agricultura urbana e construir jardins públicos

Archdaily - 19 de abril de 2017 925 Visualizações
Os planos de Paris para incentivar a agricultura urbana e construir jardins públicos
As autoridades de Paris lançaram uma série de iniciativas para que a cidade seja mais verde e possa, assim, enfrentar seus problemas ambientais.
Nesse sentido, destacam-se iniciativas como o plano para ter um quarto de sua superfície em 2020 coberto de áreas verdes, o programa Verde perto de mim que permite aos vizinhos que sejam os jardineiros de seus bairros, e o plano Parisculteurs para criar 100 hectares verdes em coberturas e fachadas na cidade.
Desde sua implementação, esses planos geraram bons resultados. Por exemplo, o programa Verde perto de mim entregou mais de 1.400 licenças de jardinagem a seus habitantes, que decidiram aproveitar os pés de árvores para plantar, ou construir jardineiras móveis de acordo com os espaços autorizados pelo município.
Outro exemplo é o plano “Parisculteurs” que anunciou os 33 vencedores escolhidos entre mais de 100 projetos candidatos que com seus projetos farão com que os edifícios da cidade, públicos ou privados, sejam mais verdes.
A esses casos de sucesso somam-se novas medidas impulsionadas pelo município para continuar com a sustentabilidade lançando mão da participação cidadã.
Nesse sentido está a nova convocatória de “Parisculteurs 2”, prevista para lançamento este ano e que desta vez considerará novos eixos para orientar os projetos de plantação em condomínios e conseguir fazer com que os agricultores participem de projetos nas áreas urbanas.
Destaca-se também o projeto Crescer na Cidade que considera criar 20 jardins compartilhados durante este ano em diversos setores da cidade, e que se somarão a outros 119 jardins já construídos. Essa foi uma das ideias mais pedidas pelos habitantes através do Orçamento Participativo.
Outra iniciativa é a de potencializar a agricultura urbana com objetivo de diminuir o impacto ambiental da cadeia de produção e distribuição de alimentos na capital francesa devido ao fato de 36% das emissões de gases de efeito estufa provir desta área. 
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Como produto disso, a principal linha de ação do município para esse assunto compreende o desenvolvimento de uma Estratégia Alimentícia Territorial.  
Esta considera realizar uma consulta com todos os atores envolvidos, desde as associações regionais das indústrias alimentícias, representantes dos agricultores, distribuidores correspondentes aos mercados e comerciantes, até os consumidores, para verificar de que forma a mencionada cadeira, de forma conjunta, pode levar a uma transição ecológica.
Junto a isso, busca-se estreitar o vínculo entre os agricultores de áreas rurais com os de áreas urbanas por meio de encontros onde possam trocar conhecimentos e práticas com o objetivo de ver como seus projetos podem alcançar o equilíbrio econômico. Além disso, está prevista uma concessão de espaço aos agricultores de áreas rurais no centro da cidade.
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Além disso, prevê-se gerar alianças com a Câmara de Agricultura da Região Parisiense ( ou Île-de-France), a Associação Pole Abiosol, que busca gerar um sistema agrícola na região, e a nova Associação Francesa de Agricultura Urbana Profissional (AFAUP), estabelecida em dezembro de 2016 e que engloba projetos que somam 118.000 m² em área.
Por último está o Plano de Abono com vistas a 2020 que começou no mês passado e que, dentre seus objetivos, considera triplicar o número de áreas para compostagem em edifícios e produzir 30 mil toneladas de composto orgânico por ano com resíduos de alimentos para abastecer os agricultores. Nessa mesma área do município também pretende apoiar a criação de uma unidade de biogás.