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Novo drone é do tamanho de um Boeing e pode voar meses sem parar

Instituto de Engenharia - 22 de junho de 2017 1640 Visualizações
Novo drone é do tamanho de um Boeing e pode voar meses sem parar
Que os chineses possuem uma mentalidade um tanto megalomaníaca, não é novidade para ninguém. Mas, agora, um outro grande desafio chama a atenção: fazer com que um drone que funcione a energia solar voe mais alto que aviões comerciais, por até meses sem parar – e a uma velocidade que pode passar dos 200 km/h.
A belezinha ganhou o nome de Caihong, que significa arco-íris em chinês, mas é carinhosamente conhecida como CH-T4. Foi criada pela Academia Chinesa de Aerodinâmica Aeroespacial (CAAA) e, da ponta da asa até a outra, é tão grande quanto um Boeing 737-800: são 40m de tamanho. Para que o modelo pese 400 quilos – quase 200 vezes menos do que o Boeing pode pesar – o segredo está nos materiais de que é feito: plástico e fibra de carbono.
Voar na casa dos 65 mil pés (correspondência na aviação para os 20 mil metros, o dobro dos aviões comuns) significa uma visão totalmente livre de nuvens, e, assim, um aproveitamento gigante da luz solar. A energia conseguida durante o dia permite abastecer as baterias acopladas no drone, que fornecerão a energia necessária para voar à noite.
Durante um teste feito no fim do mês passado, o protótipo saiu de um aeroporto do noroeste da China de manhã e retornou à noite. Mas, de acordo com os cientistas da CAAA, o CH-T4 foi projetado para fazer trajetos bem mais demorados – que podem durar até meses. E o melhor, de maneira quase independente, sem grande necessidade de supervisão humana.
No que diz respeito a tamanho e altitude, o primeiro lugar entre os drones permanece pouco ameaçado com o Helios Prototype, desenvolvido pela Nasa e que supera a versão chinesa em tamanho e autonomia. O modelo tem envergadura de 75 metros e conseguiu, em agosto de 2001, voar a mais de 96 mil pés. No entanto, voar por meses tornaria o drone chinês o melhor no quesito autonomia – entre qualquer aeronave movida a energia solar. Certos drones já foram capazes de voar alguns dias sem parar, e, no ano passado, um avião chegou a circundar o mundo em 23 dias initerruptos, movido apenas pela força do Sol.
Apesar de ainda não estar pronto para ser produzido em larga escala, espera-se que o CH-T4 sirva para aplicações comerciais em breve, atuando em áreas como telecomunicações e sensoriamento remoto.