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Obras relevantes ao Rio Grande do Sul estão paradas

Informativo Massa Cinzenta Cimento Itambé - 22 de junho de 2017 1477 Visualizações
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Nova ponte sobre o Guaíba: fase das fundações está quase finalizada, mas contingenciamento prejudica
Duas obras importantes para o Rio Grande do Sul – a nova ponte sobre o rio Guaíba e a duplicação da BR-116, entre Porto Alegre e Pelotas – só devem ficar prontas em 2021, desde que os recursos previstos voltem a ser liberados pelo governo federal. Os empreendimentos entraram no Programa de Aceleração do Crescimento, mas o dinheiro foi liberado a conta-gotas. Desde o ano passado, além de a verba não chegar, o orçamento começou a receber contingenciamento, ou seja, sofrer corte de gastos.
No caso da nova ponte sobre o rio Guaíba, dos R$ 229,5 milhões previstos houve corte de R$ 100 milhões. Já a duplicação da BR-116, orçada em R$ 140 milhões para um trecho de 230 quilômetros, teve R$ 50 milhões de seu orçamento suprimido e pode passar por mais ajustes. As comunidades gaúchas reclamam, mas o cenário não se mostra favorável. O receio dos que reivindicam a obra – entre eles, os organismos ligados à construção civil do Rio Grande do Sul – é de que os atrasos encareçam ainda mais o orçamento, podendo tornar mais difícil a viabilidade destas importantes obras de infraestrutura no estado.
Consciente de que há defasagem no calendário dos empreendimentos, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirma que a restrição fiscal é que impõe a dificuldade para a liberação de recursos. “São obras prioritárias, na medida do possível em que tenhamos recursos para viabilizá-las”, diz. Diante do impasse, o governo do Rio Grande do Sul não descarta trabalhar pela privatização das obras relevantes para a economia do estado.
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Ponte em obras em Arroio Grande, no trecho da BR-116 entre Porto Alegre e Pelotas: à espera de verba
Há um ano, em Brasília, a ideia foi semeada pelo secretário dos transportes do governo gaúcho, Pedro Westphalen. “A Ponte do Guaíba está paralisada, assim como outras obras federais, como a duplicação da BR-116. Precisamos achar uma solução, e concedendo para a iniciativa privada elas poderão ser concluídas”, disse.
Projeto e execução
Além da escassez de recursos, tanto a nova ponte sobre o Guaíba quanto a duplicação do trecho Porto Alegre-Pelotas enfrentam problemas de projeto e execução. No caso da BR-116, 59% estão concluídos, mas os trechos não foram interligados por falta de pontes, trevos e viadutos que não saíram do papel, além de entraves burocráticos. Se os trechos tivessem sido conectados, 90 quilômetros da duplicação já poderiam receber tráfego de veículos. Para resolver o impasse, uma das soluções também seria a privatização.
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Pontes sem conclusão, como a que cruza o Arroio Evaristo, impedem que trechos duplicados sejam liberados ao tráfego
Quanto à nova ponte sobre o Guaíba, os debates sobre como deveria ser a estrutura consumiram recursos e tempo. A princípio projetou-se uma ponte estaiada com 1,9 quilômetro de cumprimento, mas concluiu-se que as torres atrapalhariam o tráfego aéreo do aeroporto Salgado Filho. Foi contratado um novo projeto, que chegou a uma solução sem estais, mas com 2,9 quilômetros de extensão e passando por trechos mais complicados para se construir.
Atualmente, a obra encontra-se próxima de finalizar a etapa das fundações, o que corresponde a 46,8% do projeto de execução. No entanto, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) alega que se não houver a liberação de R$ 80 milhões em agosto terá de paralisar o ritmo por falta de recursos. “Esses R$ 80 milhões são para manter um volume mínimo de trabalho”, afirma o superintendente do DNIT no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva.
Entrevistados
Movimento Nova Ponte do Guaíba, Secretaria dos Transportes do Rio Grande do Sul, ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e superintendência regional do DNIT no Rio Grande do Sul (via assessoria de imprensa)
Contatos
superintendencia.rs@dnit.gov.br
novaponteguaiba@gmail.com
gabinete@transportes.rs.gov.br
imprensa@planejamento.gov.br
Crédito Fotos: Consórcio Ponte do Guaíba e Ecosul
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330