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Os 10 prédios mais sustentáveis do mundo

Blog da Engenharia - 06 de julho de 2017 2426 Visualizações
Os 10 prédios mais sustentáveis do mundo
Sustentabilidade é uma característica ou condição de um processo ou sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Ultimamente, este conceito tornou-se um princípio segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Nessa lista faremos um compilado da última classificação (2016) da Comissão do Meio Ambiente do American Institute of Architects (AIA), que realiza o programa COTE Top Ten Awards, percorrendo países em busca dos melhores “edifícios verdes”. Porém, a nossa lista irá contar com prédios brasileiros que tem conquistado bastante espaço quando o assunto é construção sustentável. Confira!
10. Biosciences Research Building (BRB), Galway, Irlanda
Neste centro de investigação da Irlanda, o uso de equipamentos de alta intensidade para máquinas e aquecimento já não é mais necessário. Seus laboratórios ficam no centro do edifício, com escritórios e secretarias em torno, o que torna possível apenas a abertura de janelas em vez do uso de ventilação mecânica. Os corredores de todo o perímetro agem como uma malha térmica para o interior do prédio, enquanto o calor gerado nos laboratórios de energias elevadas é redirecionado para os arredores das secretarias, mantendo-os quentes em dias frios.
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Vista interna do Biosciences Research Building (BRB) (Fonte: AIA)
9. Center for Sustainable Landscapes (CSL), Pittsburgh
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Center for Sustainable Landscapes (Fonte: Google)
Sem fins lucrativos, o centro foi construído com o objetivo de se tornar o “prédio mais verde do mundo”. Funciona 100% com energias renováveis, sendo que em 2015 chegou a produzir mais energia solar e eólica que o de costume. O edifício ainda énet-zero water, ou seja, todo o esgoto produzido no local é limpo, filtrado e reutilizado em vasos sanitários, e a água da chuva é capturada em um tanque com 60.000 litros de capacidade. Quanto à iluminação local, há luminosidade suficiente para que não seja preciso acender as luzes, já que o centro conta com muitos vidros e fica em um jardim público, onde todos conseguem enxergar a natureza exterior.
8. Exploratorium at Pier 15, San Francisco
O novo espaço do Exploratorium, no centro da cidade, não conta com estacionamento. Além disso, por estar localizado em um cais, o prédio é capaz de usar a baía de São Francisco para o seu aquecimento e arrefecimento – a água flui para dentro de uma espécie de permutador de calor. O museu ainda utiliza menos da metade da energia geralmente aplicada nos edifícios de mesmo porte e seu  telhado é coberto por painéis solares que contribuem com as exposições de energia.
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HEB at Mueller, Austin (Fonte: AIA)
7. HEB at Mueller, Austin
Enquanto supermercados típicos da região usam mais energia por metro quadrado do que qualquer outro tipo de edifício comercial, essa nova loja em Austin utiliza 64% menos. Painéis solares são os responsáveis por oferecer iluminação ao mercado, o que gera o uso de 39 milhões de kWh de energia renovável por ano. Sensores de temperatura e umidade ainda conectam a loja às condições externas, o que também colabora com a economia de energia. A loja é a primeira no país a utilizar frigoríficos que funcionam à base de gás propano, consumindo 95% menos refrigeração do que o habitual.
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 HEB at Mueller (Fonte: Flato Architects, HEB Design)
6. University of Wyoming – Visual Arts Facility, Laramie, Wyoming
Para manter o ar interno sempre fresco, o edifício de arte da Universidade de Wyoming utiliza ventilação natural e os ventos sazonais da cidade, juntamente com 15 outros tipos de ventilação. “Armadilhas de resíduos” presentes nas pias do estúdio de arte fazem com que as tintas e outros produtos químicos não tenham contato com águas residuais e sensores automáticos de luz mantêm as luzes apagadas de dia, quando possível. O edifício, assim como outros espaços do campus, foi construído com o uso de pedras extraídas das proximidades.
University of Wyoming – Visual Arts Facility (Fonte: Hacker Architects and Malone Belton Able PC)
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5. The J. Craig Venter Institute, San Diego
O laboratório também conta com um enorme painel solar no telhado, que produz mais energia do que o edifício utiliza. Além disso, um sistema de armazenamento de energia térmica ajuda a aquecer e arrefecer o prédio fazendo uso de pouca energia externa. Tanques armazenam água de chuva, utilizada nos vasos sanitários e em uma torre de resfriamento. No futuro, o edifício será conectado a tubos da cidade para recuperar água. A vista das áreas de trabalho para uma reserva ecológica e para o oceano completa as qualidades naturais do instituto.
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Fonte: ZGF Architects LLP
4. Rene Cazenave Apartments, San Francisco
Um estacionamento e a rampa de saída de uma rodovia têm se transformado em um miniestúdio de apartamentos para antigos moradores de rua. Mesmo com um orçamento apertado, os arquitetos adotaram diversas características sustentáveis na obra. Graças ao clima ameno da cidade, o edifício usa, por exemplo, ar fresco filtrado ao invés de ar condicionado e painéis solares que ajudam a fornecer água quente e energia para os apartamentos.
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Rene Casenave Apartments
Os próximos edifícios não estão na classificação de 2016 da AIA, mas por serem edificações brasileiras farão parte dessa lista. O país está entre os que mais investe em prédios verdes.
3. Fábrica da Coca-Cola na Fazenda Rio Grande, Paraná 
Esta é a primeira fábrica do país a alcançar a certificação LEED na categoria New Construction, atestada em agosto de 2012. As medidas sustentáveis do empreendimento vão desde a sua construção até a gestão da obra sem impactos à comunidade. Ela usa tecnologias e medidas de eficiência energética, tem consumo eficiente da água, qualidade interna do ar e iluminação facilitada. A fábrica foi erguida em um terreno de 80 mil m², tendo 20 mil m² de área construída. Cerca de 41% da área total do terreno é deixado para espaços abertos e vegetados. Outros pontos favoráveis são a área de lazer projetada para o descanso dos funcionários, espaços no estacionamento reservados para quem oferece carona aos colegas de trabalho, sistema de captação de água da chuva, além do telhado verde, considerado o maior da América Latina. O investimento foi de mais de R$ 4 milhões.
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Fábrica da Coca-Cola na Fazenda Rio Grande (Fonte: Google)
2. Templo Religioso Sukyo Mahikari, São Paulo
O prédio que fica em São Paulo tem área total construída de 2.300 m². O principal objetivo em sua construção foi garantir o conforto acústico e térmico aos usuários, priorizando a iluminação natural e a utilização de brises reguláveis que reduzem a carga térmica proveniente da incidência solar. Nas áreas comuns há lâmpadas de LED, que consomem menos energia, a água quente do chuveiro é aquecida com energia solar e os materiais usados são sustentáveis, tais como vidros laminados auto-limpantes e forros removíveis. Para a preservação dos recursos hídricos, há o sistema de reuso da água da chuva e da água proveniente da lavagem de roupas, dos banhos e dos lavatórios. Denominada de água cinza, ela passa por um tratamento físico-químico e é destinada à lavagem de calçadas, rega de plantas e descargas dos vasos sanitários.
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1. Porto Brasilis, Rio de Janeiro 
O primeiro edifício comercial de alto padrão fica na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua São Bento e tem área total de 18.600 m², distribuídos em 16 pavimentos de escritórios e 3 de estacionamento. Dentre as características sustentáveis estão o sistema de tratamento e reaproveitamento da água da chuva, medição individual do consumo de água e energia, uso de materiais de construção com baixos compostos orgânicos voláteis, louças e metais sanitários economizadores de água, reatores e lâmpadas de alta eficiência, separação e armazenamento de lixo reciclável, vagas preferenciais para veículos com baixa emissão e recuperadores de energia instalados no sistema de exaustão dos sanitários.
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Porto Brasilis (Fonte: Rio Sustentável)