Em junho, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha promoveu a terceira edição da Conferência Brasil – Alemanha de Mineração e Recursos Minerais, em Nova Lima (MG). Desta vez, os principais temas abordados no evento foram a automação de processos, a redução do consumo de água na lavra e no beneficiamento, e a mineração subterrânea. Além disso, a programação também incluiu a apresentação de projetos de pesquisa tocados em parceria entre os dois países, como a feita pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) para apontar as novas oportunidades de investimentos em mineração no Brasil. 

Na ocasião, o Diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, destacou que o território brasileiro tem uma extensão continental e um ambiente geológico com alto potencial de depósitos de classe mundial, bem como uma tradição histórica em atividades de mineração. A disponibilidade de energia e água e a infraestrutura sólida em laboratórios para apoiar tais atividades, posicionam o país como um importante player na produção de commodities minerais. 

Quais seriam, então, as medidas para alavancar o setor no Brasil? 

Segundo a CPRM, é possível atuar em algumas frentes, como: geração de oportunidades para investimentos em mineração; gestão de recursos hídricos superficiais e subsuperficiais; investimentos contínuos do governo em levantamentos geofísicos, geoquímicos e geofísicos aéreos em novas fronteiras; e a adoção de novas tecnologias, incluindo o levantamento geofísico aéreo de alta resolução sobre os principais distritos minerais.

Inclusive, em sua apresentação, Andriotti destacou alguns projetos encabeçados pela companhia para criar valor e gerar oportunidades ao setor. Um exemplo é o projeto “Diamond Brasil”, que integrou dados e informações do governo e de empresas privadas gerados durante as últimas três décadas, identificando mais de 1,3 mil rochas que contém diamantes (kimberlito) e nove novos alvos de exploração. 

Outro projeto concluído pela entidade foi o “Lithium Brasil”, que teve como foco mapear o minério de lítio hospedado em pegmatitos (designação dada a uma rocha ígnea de grão grosseiro). O trabalho resultou em novos guias e modelos de exploração, geração de novas áreas prospectivas com diversas anomalias geofísicas para acompanhamento e novas áreas potenciais, como o Nordeste de Minas Gerais. 

Todos as pesquisas realizadas pela CPRM, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia com as atribuições do Serviço Geológico do Brasil, podem ser consultados no site da entidade: http://www.cprm.gov.br/

Além do Serviço Geológico Brasileiro, participaram da 3° Conferência Brasil – Alemanha de Mineração e Recursos Minerais órgãos dos dois países, como a Agência Alemã de Recursos Minerais (DERA), o Ministério de Economia e Energia da Alemanha (BMWi) e o Ministério de Minas e Energia do Brasil (MME).

 

Redação: Há Propósito Comunicação

Envie sugestões de pauta e comentários para redacao@engenhariacompartilhada.com.br