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Queda da ponte Morandi, na Itália, alerta para a importância de manutenções corretivas e preventivas

Redação EC - 30 de agosto de 2018 1596 Visualizações
Queda da ponte Morandi, na Itália, alerta para a importância de manutenções corretivas e preventivas
No dia 14 de agosto, a ponte Morandi, viaduto que atravessa o rio Polcevera, a Oeste de Gênova, na Itália, desabou no momento em que diversos automóveis passavam por ela, causando mais de quarenta mortes. O assunto, que virou pauta internacional, colocou a situação das infraestruturas italianas em alerta, afinal, esta foi a décima segunda ponte a colapsar no país de 2004 para cá. Tais acontecimentos chamam a atenção para algo muito importante dentro das construções civis, que frequentemente acaba sendo negligenciado: as manutenções corretivas e preventivas. 
Segundo a Falcão Bauer, grupo que possui um vasto histórico na defesa da qualidade da construção civil, as grandes tragédias ocorrem por um acúmulo de causas e não por um único motivo. No entanto, para garantir a qualidade e durabilidade de uma estrutura é necessário que todas as etapas sejam realizadas respeitando os especificações pertinentes. “O projeto estrutural deve contemplar, na sua íntegra, todos os esforços solicitantes nos quais a estrutura será requisitada, assim como um estudo do solo para que a fundação seja executada de maneira adequada e conforme materiais especificados”, explica a diretora e engenheira do Grupo Falcão Bauer, Patrícia Bauer.
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Para a companhia, garantir que todas as etapas de uma estrutura sejam executadas com qualidade e seguindo orientações técnicas adequadas é uma questão de segurança pública, bem como continuar acompanhando a conservação da mesma por meio de manutenções preventivas. “A manutenção preventiva é de extrema importância na detecção de patologias e conservação das propriedades da estrutura, possibilitando o atendimento da sua vida útil”, diz Patrícia. Outro ponto muito importante é a manutenção corretiva, executada quando a estrutura já apresenta alguma patologia. “Neste caso, o reparo torna-se obrigatório e emergencial no sentido de evitar possíveis acidentes com vítimas, além dos prejuízos materiais e outros prejuízos indiretos decorrentes de interdições de vias públicas”, complementa.
Projetada pelo engenheiro Riccardo Morandi e construída entre 1963 e 1967, a ponte Morandi possui comprimento de 1,18 km, sendo que a pista se encontra a uma altura de 45 metros. Já nesta época, Morandi alertou que seriam necessários reparos periódicos contra os efeitos da maresia e da poluição.  A parte do viaduto caiu possuía cerca de 200 metros de comprimento e atravessava o rio Polcevera. Muito além das questões climáticas do momento, entre as possíveis causas do desabamento investigadas, está a corrosão de elementos estruturais da ponte.