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Incêndio desperta para protocolos em obras hospitalares

Portal Itambé - 04 de outubro de 2019 992 Visualizações

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Até setembro de 2019 houve 12 incêndios em hospitais. O do Rio de Janeiro-RJ foi o de maiores proporções e causou 14 mortes Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

O incêndio que atingiu o Hospital Badim em setembro, no Rio de Janeiro-RJ, ampliou para 14 o número oficial de unidades hospitalares brasileiras danificadas pelo fogo em 2019. Houve acidentes semelhantes, porém de menores proporções, em Salvador-BA, Goiânia-GO, Porto Alegre-RS, Recife-PE, Maceió-AL, Marília-SP, Fortaleza-CE, Vitória-ES, Ponta Grossa-PR, Petrópolis-RJ, Imperatriz-MA e São Paulo-SP, com duas ocorrências (Instituto do Coração (InCor), em janeiro, e Hospital do Coração (HCor), em julho). O caso do Rio foi o mais trágico e deixou um saldo de 14 mortes.

A necessidade de melhorar a segurança de hospitais contra incêndios levou a ABNT a publicar em maio de 2019 a NBR 16651:2019 – Proteção contra incêndios em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos. A norma técnica especifica como devem ser rotas de fuga, saídas de emergência e sistemas de compartimentação, para impedir que o fogo se alastre entre outros pontos dos prédios hospitalares. Elaborada pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB-024), a NBR 16651:2019, além de estabelecer os requisitos de proteção contra incêndios, também orienta sobre projetos de construção e reformas das edificações definidas como estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS).

Além disso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também tem um conjunto de normas de segurança contra incêndio, em vigor desde 2014. Entre elas, a de que organismos de fiscalização e controle da saúde tenham engenheiros civis e arquitetos para acompanhar demandas relacionadas a projetos, instalações, fiscalização de obras e serviços, equipamentos médicos e manutenção predial em hospitais, clínicas e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Da mesma forma, organismos de engenharia civil e de arquitetura – Confea/CREA e CAU – realçam a necessidade de se cumprir os protocolos para esse tipo de obra, cujos projetos devem ter especificações muito particulares.  

Arquitetura e engenharia civil especializadas em obra hospitalar não param de evoluir

Do projeto estrutural ao projeto arquitetônico, obras hospitalares estão entre as mais intrínsecas. Pilares, vigas e lajes devem ser projetadas para suportar sobrepeso, pois a edificação vai receber equipamentos complexos e pesados. A acessibilidade também deve ser prioridade, com rampas, portas e corredores largos, além de elevadores amplos e entradas exclusivas para vários setores do hospital, como as áreas de emergência e prontos-socorros. Há também a complexidade que envolve as instalações hidráulicas, elétricas, de ar-condicionado e de TI (Tecnologia da Informação) de um empreendimento hospitalar.

No quesito segurança contra incêndio, a arquitetura e a engenharia civil especializadas neste tipo de obra mostram que os projetos mais modernos estão optando pela chamada “compartimentação horizontal”, ou seja, cada andar possui portas corta-fogo estrategicamente instaladas e capazes de isolar rapidamente uma área incendiada, a fim de dar tempo para que pacientes e funcionários sejam retirados do prédio ou deslocados para outros setores seguros do hospital. Materiais anti-chama, como pisos vinílicos, paredes com revestimentos especiais e bem sinalizadas também estão entre as exigências para que empreendimentos desta natureza cumpram as normas técnicas da ABNT e as diretrizes da Anvisa. 

Acesse o manual “Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”

Manual de Seguranca (.pdf)

Entrevistado

Confea/CREA, CAU e Anvisa (via assessoria de imprensa)