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A valorização da ferrovia

Emanoel Tavares Costa Júnior - A Tribuna - 07 de agosto de 2014 1404 Visualizações
 A valorização da ferrovia
A história da ferrovia recebeu um novo rumo após as concessões. Os números e gráficos em ascendência reforçam a importância deste modal para o escoamento da produção do País. De acordo com a Agência Nacional de Transportadores Ferroviários, de 1997 a 2013, houve um crescimento de 94,1% no volume de carga transportado pelas estradas de ferro. No ano passado, a produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou a 188,2 milhões de toneladas. Deste total, cerca de 35% foram transportadas por ferrovia. A movimentação segue em rumo de crescimento por conta das inúmeras vantagens apresentadas, como economia, rapidez e eficiência na entrega.
A Confederação Nacional do Transporte analisou em 2013 o custo do transporte da soja produzida na Mato Grosso até alguns portos brasileiros. Das quatro rotas possíveis simuladas, tendo Lucas do Rio Verde, centro distribuidor do grão no Mato Grosso, como a origem dos fluxos, foi comprovado que o transporte ferroviário é 36% mais econômico que o rodoviário.
A economia se estende para o meio ambiente. Afinal, o transporte ferroviário emite menos poluentes e consome menos recursos. Isso porque são necessárias duas locomotivas para o transporte de cerca de 80 vagões. Cada vagão corresponde a três caminhões. A conta é simples: deixam de circular nas rodovias até 240 caminhões por composição. No período de safra, através da concessionária ALL - América Latina Logística, percorrem diariamente até 12 composições do Mato Grosso ao Porto de Santos. Este volume de transporte diário representa até seis mil caminhões.
Para o cliente, a segurança no transporte é outro fator importante. O número de acidentes com trens é muito menor, comparado com os predominantes acidentes envolvendo caminhões nas estradas do País. E foram a gestão e os investimentos da iniciativa privada que possibilitaram uma redução de 84% no índice de acidentes, comparando o ocorrido em 1997 com o ocorrido em 2013. A rapidez na entrega também pode ser levada em conta, pois uma carga que parte do Terminal em Mato Grosso do Sul chega ao Porto de Santos em apenas 49 horas, mesmo com parada para abastecer e troca de maquinistas.
Para alcançar novos patamares, ultrapassar metas e ser efetivo foi necessário estender a malha, investir em melhorias, novas tecnologias e ainda gerar mais empregos. O trecho ferroviário entre Campinas e Santos, parte do maior corredor de exportação de grãos do País, tem recebido investimento pesado da ALL, que tem a concessão em seis estados brasileiros. Serão mais de meio bilhão de reais na duplicação de 264 km de ferrovia, ampliando a capacidade da malha e tornando a exportação brasileira mais competitiva. A construção dos 260 km de trilhos que ligam o Alto Araguaia a Rondonópolis é outro exemplo de investimento. O projeto, que contempla a expansão e o terminal ALL, teve custo total de R$ 880 milhões por parte da companhia.
Em tão pouco tempo de operação na malha paulista (2006), os investimentos realizados pela ALL vêm permitindo o crescimento considerável do volume de carga a ser transportada ao Porto de Santos e o desenvolvimento de outros projetos de investimentos.
Assim, com muita seriedade, a ferrovia vem retomando o seu lugar de importância na logística da exportação brasileira e se torna fundamental na economia de um país de proporções intercontinentais, idial para o uyso do transporte de carga ferroviário.
(Emanoel Tavares Costa Júnior é assessor da diretoria de relações institucionais da ALL)