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No ABCD, transporte coletivo é prioritário para prefeituras

DCI - 08 de dezembro de 2014 1087 Visualizações
 No ABCD, transporte coletivo é prioritário para prefeituras
O transporte público é uma das ações que prefeituras do ABC podem adotar para aumentar a mobilidade urbana e incentivar o transporte coletivo como principal forma de locomoção nas cidades 

São Bernardo - Em linha com medidas adotadas pelo prefeito Fernando Haddad em São Paulo, os prefeitos de São Bernardo, Luiz Marinho; Santo André, Carlos Grana; e Mauá, Donisete Braga, também estão aumentando a prioridade dos usuários de transporte coletivo.
Em São Bernardo, a perspectiva é redução de 7% no tempo de transporte em algumas vias da cidade, já na cidade andreense, a perspectiva é de 13 novos corredores de ônibus até 2019, enquanto Mauá prevê investimento de R$ 11 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC) para faixas.
A história recente da mobilidade no Brasil sempre priorizou o dono do veículo próprio. Com a falta de mobilidade batendo à porta das grandes capitais, o cenário se inverte, ganha mais a cidade que voltar a incentivar o uso de transporte público, afirmou o doutor em engenharia urbana e especialista em mobilidade pela Unifesp, Ricardo Perez Cotrin.
Segundo o acadêmico, a iniciativa das cidades do ABC possui uma vantagem sobre a capital: nascem antes da chegada do metrô. Somando o incentivo do uso do Metrô, aos benefícios de um transporte mais rápido dentro dos ônibus, é possível que algumas cidades do ABC não enfrentem uma situação caótica como a vista em São Paulo.
A busca por melhores condições de trânsito tanto para usuário de transporte coletivo quanto particular também é um dos pilares do projeto Caminho Livre, da Prefeitura de São Bernardo.
É necessário proporcionar um equilíbrio no uso dos meios de transporte, e isso ocorre ao oferecermos alternativas de modais que atendam às necessidades de deslocamento da população, diz a secretária-adjunta da Secretaria de Transportes e Vias Públicas Andrea Brisida.
O primeiro corredor de ônibus a sair do papel na cidade será o Leste-Oeste, cujas obras foram iniciadas em junho e que ligará a Estrada Samuel Aizemberg, na divisa com Diadema, à Praça dos Bombeiros, no Jardim Irajá. Com 13 quilômetros de extensão, será o maior entre os 12 corredores previstos na cidade.
Outra faixa, na Avenida José Odorizzi foi iniciada em agosto deste ano. Os espaços darão importante alívio na circulação do município, em especial nas avenidas Faria Lima, Lucas Nogueira Garcez e Piraporinha, que é hoje um dos maiores gargalos de trânsito.
 
Novos corredores
Em Santo André, o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) contempla 13 corredores de ônibus para facilitar o trânsito no município até 2019. Para os pedestres, o projeto prevê a construção de quatro viadutos e uma passarela na avenida Prestes Maia. Ao todo, serão 157 obras de intervenções que afetam os principais corredores para quem anda com automóvel ou a pé.
O projeto foi credenciado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e terá custo de R$ 509 milhões para o início das obras. Segundo o prefeito de Santo André, Carlos Grana, para o avanço dos planos é necessário apoio do governo federal, através do Plano de Mobilidade Regional.
Seis vias já foram alteradas na cidade. Espera-se que tais mudanças alcancem um percentual de 25% de melhora no trânsito. Segundo o secretário de mobilidade urbana, Paulinho Serra, o trânsito já melhorou cerca de 10% na região perto da rua Carijós, onde o corredor foi construído.
O apoio de recursos federais também e a estratégia para execução de dois projetos de mobilidade em Mauá. Com apoio do PAC, serão destinados R$ 48 milhões na cidade, sendo R$ 11 milhões à criação de corredores exclusivos de ônibus nas principais Avenidas que cortam os bairros em direção ao Centro, comentou o prefeito Donisete Braga.