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História

Capítulos 10

Capítulo X

Da fundação até os dias de hoje

10.1. De pseudofazenda dos jesuítas a importante cidade do Vale do Paraíba

De pseudofazenda dos jesuítas a importante cidade do Vale do Paraíba

Pressionados pelos bandeirantes e pela coroa portuguesa, os padres jesuítas usavam de artimanhas para desenvolver suas atividades (missões). Uma delas foi dar feições de empreendimentos pecuaristas aos agrupamentos humanos que resultaram na formação de São José dos Campos 
 
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A cidade de São José dos Campos tem suas primeiras origens marcadas lá pelo final do século XVI. Foi nesse período que surgiu um pequeno agrupamento humano, organizado pela Companhia de Jesus e chamado de Aldeia do Rio Comprido. No local onde teve origem hoje se situa a divisa entre o município joseense e Jacareí (outra importante vila da região que começou a ser povoada em 1652, com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Parayba).
O que se chama aqui de “pseudofazenda” pode ser explicado pelo fato de que os padres jesuítas, responsáveis por esse pequeno agrupamento, usavam a atividade pecuarista como disfarce para evitar as intervenções por parte de Portugal e se defender das incursões de bandeirantes. Essa fazenda inicial é citada com o nome de Villa Velha.
Mesmo com essa artimanha, a aldeia foi dispersa em virtude de conflitos ideológicos. Os bandeirantes tinham o objetivo de escravizar os índios e utilizar sua força de trabalho, enquanto que os jesuítas agiam sob o argumento da propagação da fé. Entretanto, aqui é bom lembrar, que os padres também tinham outros interesses ao acolher os índios para o catolicismo, visto que a igreja vinha sofrendo forte abalo na Europa com o advento das Reformas Protestantes. Os jesuítas, no entanto, incluíam entre suas razões, a alegação de que agiam em prol da necessidade de se criar raízes temporais, organizando suas comunidades para que crescessem e prosperassem.
“Bandeirantes queriam escravizar os índios como força de trabalho e jesuítas visavam à propagação da fé e a diminuição dos efeitos causados pelas reformas protestantes”
Foi por volta de 1611, com base em lei de regulamentação dos aldeamentos indígenas por religiosos, que os jesuítas foram expulsos e os aldeões, espalhados. Persistentes, anos depois, os padres retornariam para se estabelecer numa região a 15 quilômetros de distância da antiga aldeia (Villa Velha). Hoje, no local da nova ocupação, encontra-se a Igreja Matriz de São José, bem no centro da cidade.
Esse local, que deu origem à cidade, era caracterizado por clima agradável, boa ventilação e ótima insolação. Sua posição geográfica também era estratégica, principalmente no que dizia respeito a invasões, ataques e enchentes. A técnica de disfarce dos padres para o aldeamento continuou a mesma: o agrupamento continuava sendo uma fazenda de gado. 
O embate entre jesuítas e bandeirantes corria solto, a despeito das artimanhas e estratégias dos jesuítas. Os bandeirantes persistiam na lide de aprisionar aldeões. Por volta de 1680, dadas as necessidades, os jesuítas fundaram mais um aldeamento, num local que hoje poderia ser identificado como sendo a região central de São José dos Campos. A área escolhida foi um altiplano, entre um extenso banhado e um córrego, que mais tarde veio a ser chamado de Lavapés. A característica da região garantia arejamento e aquecimento para as casas e, ao mesmo tempo, lhes possibilitava proteção para as enchentes. Essa comunidade era composta, em sua maioria, por famílias indígenas e pessoas da povoação.
Doze anos depois (1692), essa aldeia já aparece com o nome de Residência do Paraíba do Sul e, em 1696, passa a ser denominada como Residência São José. 
Foi um período caracterizado por dificuldades econômicas. Houve um fluxo acelerado de deslocamento de mão de obra para o trabalho nas atividades de mineração. A primeira grande descoberta de jazidas aconteceu nos sertões de Taubaté, em 1697, e, a partir daí, deu-se início à “corrida do ouro”. 
 
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“A partir da descoberta da primeira grande jazida de ouro, em Taubaté, no ano de 1697, a região começou a perder mão de obra para a atividade mineradora”
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil e todas as posses da ordem foram confiscadas por Portugal. Fazendas, colégios e aldeias passaram para a custódia da monarquia portuguesa. 
Na mesma época, em função da exuberância da atividade mineradora de Minas Gerais e dada a necessidade de reerguer São Paulo, Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, assumiu o governo da capitania paulista. Entre os seus primeiros atos, ele promoveu a elevação de diversas aldeias à categoria de vila, com o objetivo precípuo de aumentar a arrecadação provincial. São José dos Campos foi uma delas.
No ano de 1766, a demografia joseense apontava para uma aldeia com 94 fogos (era assim que se denominavam as casas) e uma população com 205 mulheres e 159 homens.
Foi em 27 de julho de 1767 (data oficializada como sendo a de fundação da cidade) que, mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila, com o nome de Vila de São José do Paraíba, desmembrada da antiga Vila de Jacareí. Só então, o pelourinho (da atual Rua Vilaça, próximo ao cemitério) e a Câmara Municipal, símbolos da nova condição, foram construídos. A emancipação política não redundou de imediato em grandes benefícios. Isso só aconteceu a partir da metade do século XIX.
“Em 27 de julho de 1767, a aldeia foi transformada em vila, com o nome de Vila de São José do Paraíba, e desmembrada da antiga Vila de Jacareí” 
A década de 1860 foi marcada por expressivo crescimento do cultivo de algodão na região. Quase toda a produção regional era exportada para o mercado inglês. Simultaneamente, também proliferou a cultura cafeeira no Vale do Paraíba, cujo surto de progresso incluiu São José dos Campos. 
 
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Em 1864, a vila foi elevada à categoria de cidade. Pouco tempo depois (1869), moradores da margem do Paraíba iniciam a construção da Igreja de Santa Ana, concomitantemente à fundação do bairro que tem o mesmo nome de sua padroeira. 
Em virtude da grande extensão das campinas existentes na região, foi promulgada a Lei Provincial no 47, de abril de 1871, que consolidou e estabeleceu a denominação da cidade como sendo São José dos Campos.
O município, então, passa a ser caracterizado por duas fases distintas: a do desenvolvimento agrícola, com forte preponderância da cultura do café, e a da criação e consolidação do seu perfil de estância climática, em função dos bons ares próprios daquela região.
O desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba Paulista começou a ter expressão a partir de 1870, contando com a participação de São José. No entanto, foi com o advento da estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio de Janeiro (inicialmente chamada de Estrada de Ferro do Norte e, depois, Estrada de Ferro Central do Brasil) que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região. Janeiro de 1877 foi marcado pela chegada do primeiro comboio ferroviário de passageiros, procedente de Jacareí. O segmento econômico cafeeiro se manteve em destaque até 1930. A antiga estação de trem ficava na confluência da Rua Euclides Miragaia com a Avenida João Guilhermino. Na década de 1920, foi transferida para a localização atual (avenida Sebastião Gualberto, nos campos de Santana).
Recenseamento oficial do Brasil, em 1872, constata que a população de São José dos Campos era composta por 12.998 habitantes, divididos quase paritariamente entre homens e mulheres, sendo 11.753 livres e 1.245 escravos. Entre os livres, 2.171 sabiam ler e escrever, sendo que 268 eram estrangeiros – 193 africanos, 55 portugueses e 20 pessoas de nacionalidades diversas. Dos brasileiros natos, 12.119 eram paulistas; 222, baianos; 102, mineiros; entre outros.
“Em 1872, São José dos Campos tinha 12.998 habitantes, 11.753 livres e 1.245 escravos. Entre os livres, 268 eram estrangeiros. Dos brasileiros natos, 12.119 eram paulistas; 222, baianos; 102, mineiros; entre outros”
A região em que se desenvolveu, vicejou e proliferou a cidade de São José dos Campos foi escolhida tendo em vista muitos fatores, como já mencionados anteriormente. Um deles, em especial, se referia notadamente às suas favoráveis condições climáticas. Condições essas que, provavelmente, consideradas para a criação e a anexação ao município, por meio da Lei Estadual no 59, de 16 de agosto de 1892, do distrito de São Francisco Xavier. Hoje um verdadeiro santuário ecológico, denominado Área de Proteção Ambiental (APA), cujo símbolo é o macaco muriqui (que deverá ser mascote das Olimpíadas 2016, que se realizarão no Brasil). A 50 quilômetros de distância do núcleo urbano principal, esse distrito tem 322 km2 de extensão territorial e está incrustado na Serra da Mantiqueira e na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, tendo como atrativos inúmeros atributos naturais, riquezas culturais e o povo, que é hospitaleiro, gentil e acolhedor. 
“A 50 quilômetros de distância do núcleo urbano principal, o distrito de São Francisco Xavier tem 322 km2 de extensão territorial, é um santuário ecológico e está incrustado na Serra da Mantiqueira e na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul”
A cidade se vangloria, e com razão, de muita coisa. Em 26 de julho de 1894, entretanto, nasceu um joseense que lhe deu mais um motivo para grande orgulho, no segmento da cultura, local e nacional. Trata-se de Cassiano Ricardo Leite, que veio a ser considerado o maior poeta da cidade e um importante intelectual brasileiro. Ele se destacou também como crítico, ensaísta, historiador e jornalista e foi um dos líderes do movimento conhecido como Semana de Arte Moderna de 1922, além de ter ocupado, de 1937 a 1974, a cadeira número 31, da Academia Brasileira de Letras. 
Na década de 1910, surge a primeira ponte sobre o Rio Paraíba. Com 80 metros de comprimento, a obra ligava o centro da cidade e o Bairro de Santana à zona norte do município e a Minas Gerais, esta travessia deu novo impulso à região. 
São José dos Campos, em 1911, tem nova divisão administrativa, passando a ser constituído por dois distritos: São José dos Campos e São Francisco Xavier. 
Em 1920, a cidade ganha a primeira indústria. O município concede benefícios fiscais e doa terreno a Eugênio Bonádio para a instalação da fábrica de louças de pó de pedra. Três anos depois, inaugura-se o Mercado Municipal, que se encontra até hoje na Rua Sebastião Humet. 
Um marco decisivo para o crescimento da cidade aconteceu em 1924, quando o governador Washington Luiz inaugurou o sanatório Vicentina Aranha, então o maior do país para o tratamento da tuberculose que, dada a seriedade e fatalidade da doença na época, atraiu pessoas das mais variadas regiões do estado e do país. Hoje, o Parque Vicentina Aranha é um patrimônio da cidade de São José dos Campos, tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos (Comphac) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e turístico (Condephat). 
“Um marco decisivo para o crescimento da cidade aconteceu em 1924, quando o governador Washington Luiz inaugurou o sanatório Vicentina Aranha, então o maior do país para o tratamento da tuberculose”
Foi o presidente da República Washington Luiz, cujo lema era a frase “governar é abrir estradas”, que inaugurou, no dia 5 de maio de 1928, a rodovia Henrique Eroles (SP-66), que ligava Itaquaquecetuba a São José dos Campos, que também ficou conhecida como Estrada Velha São Paulo - Rio. 
 
Em 1932, na Praça da República, na capital paulista, foi morto o estudante Euclides Miragaia, natural de São José dos Campos. O trágico acontecimento contribuiu para a eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932, no Estado de São Paulo. O conflito se estendeu de julho e outubro, com o objetivo de derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova constituição para o Brasil. Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que formaram o MMDC, tornaram-se heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932. 
Pelo Decreto Estadual no 6.638, de 31 de agosto de 1933, foi criado o distrito de Eugênio de Melo, na zona leste da cidade. Ele concentra grandes indústrias, como a General Motors, Ericsson, Parker Hannifin, Amplimatic, Heatcraft, Embraer, Orion, entre outras. Neste distrito também está situado o Ceagesp e o Parque Tecnológico joseense.
Em contrapartida, pouco tempo depois, em 1935, a cidade foi reconhecida como Estância Climática, pelo Decreto Estadual 7.007, de 12 de março, e Estância Mineral, pela Lei Orgânica do Município, no 2.484, de 16 de dezembro.
Neste período, São José começa a experimentar um crescimento urbano por causa da construção de várias edificações que se destinavam ao tratamento das moléstias pulmonares e também devido intenso movimento de chegada de pacientes.
Em 1936, surgiu a necessidade da criação da zona industrial, pois teve início à instalação de olarias, cerâmicas e tecelagem.
Foi em 1950, que o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) foi transferido para São José dos Campos. O ITA foi criado, em 1947, no Rio de Janeiro, pelo marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho. De acordo com o previsto no plano de criação do antigo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), atualmente denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o primeiro instituto a ser instalado seria uma escola de formação de engenheiros de aeronáutica. Assim, desde o início de seus trabalhos, paralelamente às atividades de construção e aquisição de equipamento, a comissão de organização do DCTA selecionou professores e técnicos para o ITA, que inicialmente trabalharam junto à Escola Técnica do Exército. Os cursos de preparação e formação de engenheiros de aeronáutica foram transferidos para o ITA (Decreto nº 27.695, de 16 de janeiro de 1950) e foram baixadas instruções, regulando a admissão ao Instituto (Portaria nº 38, de 1º de março de 1950) e a organização deste (Portaria nº 88, de 24 de abril de 1950). O ITA é hoje uma das Organizações do DCTA, de acordo com o Decreto nº 5.657, de 30 de dezembro de 2005.
“No início dos anos 1950, o ITA foi transferido para São José dos Campos e a Via Dutra foi inaugurada (interligando Rio de Janeiro e São Paulo). Anos depois, em 1969, a Embraer também se instalaria no município”
O ano de 1951 reservou um grande e promissor acontecimento para o Vale do Paraíba e para o Brasil: a inauguração da nova ligação Rio – São Paulo, a Rodovia Presidente Dutra. Esta foi a primeira rodovia, com uma pista em asfalto, cortando o centro urbano de São José dos Campos. Com a implantação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – PDDI, em 1963, foi possível dar passos importantes para disciplinar a utilização do solo, tendo como consequência a inauguração da primeira lagoa de oxidação de tratamento de esgoto do País.
Marco expressivo da cultura local e nacional, a Biblioteca Pública Municipal Cassiano Ricardo, de São José dos Campos, foi inaugurada em 1968, com a presença do general Humberto Pelegrini, presidente do Instituto do Livro.
Foi elaborado um segundo plano diretor, em 1969, observando-se que o zoneamento era um importante instrumento para garantir a reserva de grandes espaços para as indústrias e para disciplinar os demais usos do solo urbano. Os planos diretores (1963 e 1969) e as ações decorrentes contribuíram para a estruturação do tecido urbano conhecido e para a consolidação do município como polo industrial.
Concomitantemente, no mesmo ano de 1969, São José dos Campos é escolhida para ser sede da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Um decreto da presidência da República regulamenta a construção da empresa, de economia mista, com capital inicial de 50 milhões de cruzeiros. 
Em 1970, foi aprovado projeto de lei que fomentava a instalação de indústrias no município. Como vantagem, esses empreendimentos recebiam isenção por dez anos dos impostos territoriais e sobre serviços de qualquer natureza (ISS). No mesmo ano, a cidade e, em especial, os amantes do futebol, ganham o Estádio Municipal Martins Pereira, com capacidade para 16.500 pessoas.
Inaugurado em 1978, o Shopping Centro São José foi pioneiro no gênero, no Vale do Paraíba, abrindo caminho para uma série de outros empreendimentos semelhantes. Grandes lojas âncoras tiveram seu início nesse shopping que, atualmente, conta com um mix completo com mais de 100 estabelecimentos e recebe mensalmente cerca de 450 mil pessoas. Com 20 mil m², abriga quatro pavimentos comerciais e dois subsolos de estacionamento. O Shopping Centro São José tem um diferencial cultural importante: no 3o andar está localizado o Teatro Municipal, palco de grandes peças teatrais, shows, musicais e apresentações de dança. 
Nove anos depois, em 28 em maio de 1987, foi a vez de o CenterVale Shopping contribuir para mudar a realidade do comércio no Vale do Paraíba. Este é considerado o primeiro grande centro comercial da região, aliando tradição, vanguarda e inovação, agregando conceitos de conceito de moda, entretenimento e serviços, visando à identificação com a cidade e a criação de vínculo com os frequentadores de outras regiões.
“Entre os anos 1978 e 1987, dois grandes empreendimentos comerciais agregaram qualidade, diversidade e modernidade à cidade e à região de São José dos Campos. Foram eles: o Shopping Centro São José e o CenterVale Shopping”
Do Vale do Paraíba para o espaço. São José dos Campos entra em órbita, em 1993, com o lançamento do Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD1), o primeiro construído no Brasil, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As manobras são realizadas pelo Centro de Controle de Satélites do INPE, em São José dos Campos, São Paulo, no Brasil. O SCD-1 faz parte da missão de coleta de dados que, através de um sistema de coleta de dados ambientais baseado na utilização de satélites e plataformas de coleta de dados (PCDs), distribuídas pelo território nacional, objetiva fornecer dados ambientais diários coletados nas diferentes regiões do território nacional.
De volta à terra, em novembro 1994, é inaugurado na cidade um conceito voltado para Outlet Center: o Vale Desconto Shopping (hoje Vale Sul Shopping), um empreendimento que evoluiu com a agilidade e dinamismo, acompanhando o setor de varejo brasileiro. 
O terceiro Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), em 1995, declarou 62% do município como área de proteção ambiental, incluindo parte da zona rural e parte da zona urbana.
No mesmo ano (1995), também foi inaugurado o Shopping Center Colinas. Já no ano seguinte, em julho, foi a vez do surgimento do Parque da Cidade Roberto Burle Marx, área onde funcionava a Fazenda de Tecelagem Parahyba.
Em fevereiro de 2002, foi inaugurada a nova sede da Câmara dos Vereadores, ao lado do Paço Municipal, com área total de 14.000 m2
Por meio da Lei Municipal no 6.493, de 2004, foi declarado como Zona de Preservação (ZP) o complexo formado pela antiga Tecelagem Parahyba e a Fazenda Santana do Rio Abaixo. Foi em 2004 que também que acontece a inauguração do Memorial Aeroespacial Brasileiro e a Lei no 6.517, de autoria do Legislativo, declara o município de São José dos Campos como sendo A Capital da Indústria Aeroespacial. 
Entra em funcionamento, no ano de 2006, a Faculdade de Tecnologia (Fatec), programa do Centro Paula Souza do governo do Estado de São Paulo, com apoio da prefeitura municipal, de São José dos Campos. 
Logo em seguida, mas no mesmo ano (2006), instituiu-se o Plano Integrado de Gerenciamento e o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, por meio da Lei no 37.146, de 31 de julho. 
Aprovada a Lei Complementar Municipal 306, de 17 de novembro de 2006, que instituiu o PDDI, como instrumento básico do processo de planejamento municipal para o próximo decênio. Esse plano diretor apontou para a criação de vários parques municipais, com o objetivo de reduzir a carência de áreas verdes em diversos bairros e melhorar as condições de drenagem urbana, além da preservação das áreas de fundos de vale. 
Em 2007, instala-se em São José dos Campos uma unidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cujo primeiro curso foi o de Ciência da Computação. No mesmo ano, inaugurou-se também a Casa do Idoso Alair Campos do Amaral, centro de referência para o atendimento de idosos, onde são oferecidas diversas atividades nas áreas de esporte, recreação, lazer, cultura, assistência social e saúde.
Após uma longa negociação, ocorre em 2008 a abertura para a população da área externa do antigo Sanatório Vicentina Aranha, adquirida pela Prefeitura de São José dos Campos. Trata-se de um patrimônio da cidade de São José dos Campos, tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos (Comphac) e Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephat). Ocupa uma área de 84.500 m², sendo 86% de área verde e pistas de caminhada e 12 mil m² de edificações a serem restauradas.
Através do Decreto 13.138, de 2008, é homologado o Plano Municipal de Saneamento Básico, que abrange os serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e o manejo de águas pluviais. Logo em seguida (2009), é assinado o contrato de concessão à Sabesp para o serviço de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto na cidade. Dois anos depois, a Sabesp responsabiliza-se pelos detritos que são levados para seis estações de tratamento de esgoto (ETE), sendo que após passar pelo tratamento as águas resultantes são encaminhadas ao Rio Paraíba do Sul. Em 2010, havia 138.443 ligações de esgotos ativas e 743 km de redes com 64 estações elevatórias. 
“Entra em cena, em 2008, o Plano Municipal de Saneamento Básico, de serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais. Em 2009, foi assinado contrato de concessão à Sabesp, para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto na cidade”
Entra em funcionamento, nesse período, o primeiro Ponto de Entrega Voluntária (PEV), iniciativa pioneira na região, que é um equipamento público e comunitário, destinado a receber e armazenar temporariamente restos de obras de construção, atendendo a determinação da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, e da Lei Municipal 7.146/2006, tendo como objetivo evitar despejo de entulho em áreas impróprias e direcionar o material para reciclagem.
Em 2010, foi criado o Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan), que visa contribuir para a governança pública e social das localidades. O Ipplan tem como essencial, para as cidades e regiões assumam o protagonismo de seu desenvolvimento, o empenho na construção de uma visão de futuro bem fundamentada. 
Ao mesmo tempo em que entra em vigor a Lei Complementar no 410, de 2010, a Lei de Zoneamento, que estabelece as normas de uso e ocupação do solo, também se cria o Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, pela Lei Municipal no 8.195/10, como a primeira Unidade de Conservação de Proteção Integral de São José dos Campos.
Em 2010, 99,94% dos domicílios do município eram atendidos pelo serviço de abastecimento de energia elétrica em São José dos Campos. A EDP Bandeirante, companhia de capital aberto, tem por objetivo a prestação de serviços públicos de energia elétrica, pelo prazo de 30 anos, a partir de 23 de outubro de 1998, conforme contrato de concessão que foi firmado naquela data. A empresa atua em 28 municípios do Estado de São Paulo, especificamente nas regiões do Alto do Tietê e Vale do Paraíba, atendendo a aproximadamente 1,4 milhão de clientes e distribuindo 13.268 GWh ao ano. A partir de abril de 2005, a companhia passou a ser subsidiária integral da EDP no Brasil. 
Em 2010, foi iniciado estudo para a elaboração do Projeto Centro Vivo. Realizaram-se levantamentos que possibilitaram melhor compreensão da área, delimitação do perímetro de atuação e formatação do Plano Estratégico. O projeto conta com a participação da sociedade, pois garantirá o atendimento das reais necessidades e desejos do cidadão joseense e a implantação das soluções ao longo dos anos. A prefeitura já realizou diversas ações para reverter o processo de degradação, como as reformas da Praça e Restauro da Igreja São Benedito, da Rodoviária Velha e do Espaço Mário Covas, além da revitalização do calçadão da Rua 7 de Setembro e da Praça Afonso Pena. O Plano Estratégico Centro Vivo tem o prazo de dez anos para sua consolidação. Para financiamento, foi assinado contrato de empréstimo entre prefeitura de São José dos Campos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – (BID), visando o Programa de Estruturação Urbana de São José dos Campos. 
Finalizada, em 2011, a implantação o Centro de Reabilitação Lucy Montoro, instituição voltada para o tratamento de pessoas com deficiência.
Lei Complementar Estadual no 1166 permitiu que, em 9 de janeiro de 2012, fosse criada a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, que inclui 39 municípios e tem como sede a cidade de São José dos Campos.
O time feminino de futebol do São José se tornou, em novembro de 2013, bicampeão da Copa Libertadores de Futebol Feminino, torneio realizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), no Estádio Martins Pereira.
O Decreto no 59.229, de 24 de maio de 2013, instituiu o Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (Fundovale), destinado a dar suporte financeiro ao planejamento integrado e às ações conjuntas dele decorrentes, no que se refere às funções públicas de interesse comum entre o Estado e os Municípios integrantes da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
“Em 2012 e em 2013, respectivamente, criaram-se: Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e o Fundovale”
Estatísticas divulgadas em 2013, pelo IBGE, estimam que a população do município de São José dos Campos era de 673 255 habitantes.
A rede municipal de serviço de saúde de São José dos Campos, em abril de 2012, era composta por três hospitais, cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPA), 40 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 16 unidades especializadas em saúde, além de outras unidades e hospitais contratados e conveniados. 
 
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Símbolos do município
A bandeira de São José dos Campos foi instituída pela Lei Municipal 655, de 1960. O desenho é de Vitor Guzzo Strauss, vencedor do concurso promovido pela municipalidade. O brasão de armas de São José dos Campos, de autoria de Afonso de Taunay e José Wasth Rodrigues, foi adotado pela Lei Municipal 180, de 1926. O desenho foi restaurado pela Lei Complementar 19, de 1948, ratificado pela Lei Municipal 2.178/1979 e alterado pela Lei Municipal 5.248/1998.