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Riscos Ocupacionais Invisíveis: Como a Perícia Técnica Previne Doenças e Protege Empresas e Trabalhadores

Assessoria de Imprensa - 03 de fevereiro de 2025 149 Visualizações
Riscos Ocupacionais Invisíveis: Como a Perícia Técnica Previne Doenças e Protege Empresas e Trabalhadores

No mundo corporativo, os riscos ocupacionais muitas vezes passam despercebidos até que se tornem problemas irreversíveis. Exposição a agentes químicos, vibração excessiva e posturas inadequadas são apenas alguns exemplos de ameaças silenciosas que impactam diretamente a saúde dos trabalhadores e a estabilidade das empresas.

É nesse cenário que entra a atuação crucial dos peritos técnicos, como Edgar Bull, engenheiro civil e especialista em segurança e higiene ocupacional. "A prevenção é sempre mais eficiente e menos custosa do que lidar com os efeitos de um ambiente de trabalho inseguro. A perícia técnica tem como missão identificar riscos antes que eles se transformem em doenças ou acidentes", explica Edgar.

Riscos ocupacionais: O inimigo invisível

Riscos ocupacionais podem ser classificados em categorias como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos. Embora muitos empregadores estejam atentos a perigos visíveis, como máquinas mal protegidas ou quedas de altura, são os riscos invisíveis que mais frequentemente escapam ao radar.

"Um exemplo clássico é a vibração em operadores de máquinas pesadas, que pode causar lesões musculoesqueléticas a longo prazo e até síndromes biomecânicas. Esses problemas se desenvolvem lentamente, mas têm impacto devastador na saúde do trabalhador e nos custos da empresa", afirma Edgar.

Outro exemplo é a exposição a agentes químicos em ambientes industriais ou hospitalares. "Sem um controle rigoroso e a utilização de EPIs adequados, os trabalhadores ficam vulneráveis a doenças respiratórias, alergias entre outras doenças que até podem evoluir para um câncer a longo prazo", alerta o especialista.

Há ainda que ser considerado o risco psicossocial. Este é um risco que também precisa ser considerado, ainda mais com a alteração da legislação vigente que vigora a partir de maio de 2025. Para tanto, o olhar pericial da equipe multidisciplinar se faz necessário. Engenheiro, médico e psicólogo precisam trabalhar juntos no combate às doenças mentais e suas consequências.

A perícia técnica: Olhar clínico para o ambiente de trabalho

A perícia técnica é um processo detalhado que avalia o ambiente laboral de forma científica, analisando condições de trabalho, exposição a agentes nocivos e práticas operacionais. "O laudo pericial é mais do que um documento; é uma ferramenta de transformação. Ele aponta os problemas e propõe soluções práticas para eliminá-los ou mitigá-los", explica Edgar.

Entre as etapas da perícia, destacam-se:

  • Análise das condições ambientais: identificação de fatores como calor, ruído, umidade e qualidade do ar.
  • Avaliação ergonômica: estudo das posturas adotadas pelos trabalhadores e sua compatibilidade com a função exercida. Neste item também devem ser apurados os riscos psicossociais.
  • Monitoramento químico: verificação da presença de agentes tóxicos no ambiente de trabalho.
  • Entrevistas com trabalhadores: coleta de informações sobre sintomas, desconfortos e condições gerais de trabalho.

Outras avaliações podem ser consideradas conforme o objetivo da perícia a ser realizada.

Prevenção de doenças ocupacionais e processos trabalhistas

A negligência com os riscos invisíveis não afeta apenas os trabalhadores, mas também expõe as empresas a um grande passivo trabalhista. Doenças como lesões por esforços repetitivos (LER/DORT), pneumoconioses e transtornos mentais relacionados ao trabalho são algumas das principais causas de afastamento e ações judiciais.

"A atuação preventiva da perícia técnica reduz significativamente o número de processos trabalhistas. Quando a empresa demonstra que investe em segurança e saúde ocupacional, isso reforça sua imagem de responsabilidade social e evita prejuízos financeiros", destaca Edgar.

Um caso emblemático citado pelo especialista envolveu a análise de um setor industrial onde trabalhadores apresentavam alta incidência de dores lombares. "Identificamos que a altura das bancadas estava fora dos padrões ergonômicos. Com ajustes simples, como o uso de bancadas reguláveis e a introdução de pausas ativas, os índices de afastamento caíram drasticamente", relata.

O papel estratégico da higiene ocupacional

A higiene ocupacional é um dos pilares da segurança no trabalho e, frequentemente, é negligenciada por empresas. Trata-se de um conjunto de práticas que visa identificar, avaliar e controlar agentes ocupacionais que podem comprometer a saúde.

"Uma boa gestão de higiene ocupacional começa pela realização de perícias técnicas que analisam os níveis de exposição. Apenas com dados concretos é possível implementar mudanças efetivas", afirma Edgar.

Entre importantes medidas de melhoria estão:

  • Instalação de sistemas de ventilação e exaustão para agentes químicos;
  • Fornecimento adequado de EPIs e treinamento para uso correto;
  • Realização de avaliações quantitativas de agentes ambientais;
  • Realização de mapeamento de risco psicossocial;
  • Adoção de medidas administrativas de prevenção aos riscos ocupacionais.

Para Edgar Bull, o sucesso da gestão de riscos invisíveis passa pela conscientização de empregadores e trabalhadores. "Não adianta apenas apontar os problemas; é preciso educar as pessoas sobre a importância da prevenção e envolvê-las nas mudanças", enfatiza.

Empresas que investem em segurança e saúde ocupacional colhem os benefícios em forma de aumento na produtividade, redução de custos com afastamentos e fortalecimento da marca empregadora.

"Prevenir não é apenas cumprir a lei, mas respeitar a vida e o bem-estar de quem faz a empresa acontecer. Quando enxergamos a segurança como um investimento e não como um custo, todos ganham: trabalhadores, empresas e a sociedade como um todo", conclui Edgar Bull.

Essa nova era da segurança ocupacional não será construída sem esforço, mas cada melhoria implementada é um passo em direção a um futuro mais justo, produtivo e humano.