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A proposta do portal Engenharia Compartilhada

Redação EC - 16 de maio de 2013 1178 Visualizações

Disseminar conhecimento e experiências adquiridos a partir da prática e de estudos e pesquisas elaborados pelos autores. São textos qualificados e dirigidos para capacitação de engenheiros e arquitetos que podem atuar em qualquer área da engenharia.Os textos têm foco na gestão de projetos públicos e da iniciativa privada. Naturalmente esses textos podem também ter finalidade acadêmica podendo ser adotados como material paradidático em cursos de pós-graduação e MBA.

Nesta primeira edição da newsletter digital do Portal Engenharia Compartilhada, apresentamos uma resenha do livro “Visão Sistêmica”, a definição do conceito e sua importância na formação de engenheiros e arquitetos. Juntamente com essa resenha apresentamos notícias setoriais publicadas na grande imprensa e estabelecemos um relacionamento com o conteúdo do Portal Engenharia Compartilhada. Assim verificamos como a Engenharia e a Arquitetura estão diretamente ligadas ao nosso dia-a-dia e como questões de planejamento e gestão impactam diretamente nas nossas rotinas diárias.

Os autores Roberto Falcão Bauer, engenheiro e presidente do Instituto Falcão Bauer da Qualidade, e Remo Cimino, engenheiro, consultor de empresas e autor do livro Planejar para construir, apresentam nos mais de 30 livros hospedados no portal Engenharia Compartilhada, diversos processos de trabalho para a eficiência da gestão de projetos, obras e empresas além do balanço e perspectivas dos programas de infraestrutura para os próximos anos. O conteúdo é gratuito, cadastre-se e acesse. www.engenhariacompartilhada.com.br. Definição de “Visão Sistêmica da Engenharia” Discute-se muito, hoje, que a gestão pró-ativa adquire um papel central para o desenvolvimento da competitividade tanto das empresas, quanto dos governos dos países.

E, a abertura econômica cria um ambiente de competitividade interno e externo com as empresas muito maior, requerendo uma projeção nos gastos e cooperação entre os diversos setores. Por isso, a formação acadêmica do engenheiro deve estar mais centrada para lidar com as diversas competências e habilidades e menos com a quantidade de informações. É importante fazer com que o pesquisador e o engenheiro aprenda a relacionar a experiência cotidiana e a dar significação, ou seja, incentivar que o engenheiro crie os seus próprios CASEs. De acordo com os próprios autores, Visão Sistêmica é a forma de se estudar as partes, ponderando a estrutura completa. Pois, o todo, a estrutura completa é uma estrutura muito maior do que apenas a soma de todas as partes. Em 1918, Mary Parker Follet já dizia sobre a importância de os administradores considerarem um modelo de processo holístico de gerência, como fatores ambientais, políticos e econômicos. Também em 1924, Wertheimer organizou os princípios da fórmula da Teoria do Gestalt, enfatizando os processos cognitivos do behaviorismo: proximidade, semelhança, encerramento e simplicidade. Já em 1937 surge a Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida por Ludwig Von Bertalanffy, em que não só os elementos interessavam, mas as suas interrelações, o que traz a necessidade de explorar os diversos sistemas a sua volta. Essa teoria implicava na exploração além das fronteiras pré-determinadas, transformando assim, as fronteiras flexíveis e arbitrárias. A partir disso, o sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem entre si com objetivos comuns. Isso indica que, dentro de um processo ou projeto, tomar decisões sem olhar a estrutura no âmbito geral, pode trazer riscos ao profissional ou à organização, gerando decisões unilaterais e inconsistentes. A visão sistêmica necessita de sensibilidade e tato para o objetivo, sem permitir descontinuidades. Hoje, na engenharia, já há interdependência de execução de projetos, principalmente, quando estes passam pela análise do meio ambiente, da tecnologia, dos riscos, dos indicadores de desempenho, etc. Esse conhecimento profundo da dinâmica da organização e da integração entre os diversos componentes atuantes permite que as ações sejam muito mais eficientes.

No entanto, hoje se percebe que há uma tendência a incentivar a especialização do profissional, sem que esse tenha a capacidade de analisar os elementos conjecturais. Mesmo a engenharia estando presente em todas as atividades e em todos os setores do consumo, a sociedade pouco conhece o que é a engenharia e a sua atuação. E os caminhos para mudar isso é investir na formação acadêmica de qualidade do engenheiro. A partir disso, o engenheiro deve também participar do desenvolvimento estratégico, além da execução de projetos em diversas áreas. Mesmo porque, o desenvolvimento econômico apresentado pelo país e a sua capacidade de passar pelas últimas crises econômicas mundiais, demonstra que o profissional de hoje precisa aprender a olhar a estrutura e a relacionar estes elementos. Hoje, por exemplo, as empresas estão diretamente ligadas ao desenvolvimento sustentável, ainda que não tenham estabelecido como meta, mas a economia e a sociedade já começam a exigir esse tipo de desenvolvimento.

Por isso, as empresas devem colocar seis aspectos prioritários como metas: satisfação das necessidades básicas da população; solidariedade para com as gerações futuras; participação da população envolvida; preservação dos recursos naturais; elaboração de um sistema social; e a efetivação de programas educativos.

Dessa forma é possível perceber a necessidade de interdependência entre os projetos e entre a empresa e a sociedade. Sendo assim, o engenheiro deve buscar o desenvolvimento de habilidades práticas a partir da interação de conceitos e teoria das diversas disciplinas, promovendo o aprimoramento contínuo das técnicas de planejamento e gestão de empresas de engenharia, bem como a avaliação, a consolidação e a implantação do projeto e sua operação, por base na modelagem de interdependência nos processos de trabalho. O ciclo de vida de um projeto passa pela sua intenção, avaliação, consolidação, implantação e operação. Porém, quando essas stapas são realizadas de forma precipitada ou sobrepostas, a possibilidade de sucesso de um projeto fica reduzida ou comprometida. Tudo isso indica a necessidade de uma formação eclética, abarcando uma visão global das áreas de Engenharia Civil, Arquitetura, Administração e áreas afins.