Para Tarcísio de Freitas, Ministro da Infraestrutura, o setor representado pela pasta dele será um dos principais responsáveis pela retomada do crescimento do país e da geração de emprego nos próximos anos. Em palestra conduzida por ele no evento Paving Virtual, focado na infraestrutura viária e rodoviária e transmitido pela internet nesta semana, Freitas reafirmou esse posicionamento e a estratégia do Ministério de apostar em investimentos privados para alavancar novas obras no Brasil.
O resultado da estratégia, até então, são 66 obras entregues até setembro deste ano. O número corresponde a 93% do que se havia planejado entregar em 2020. “Isso é maior que o número de semanas de um ano”, comentou o ministro.
Já para o ano que vem, as perspectivas do Governo também são positivas, com muitos leilões de concessões a serem realizados. Para se ter uma ideia, atualmente já são 30 leilões em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e, segundo Freitas, cerca de R$ 250 bilhões em investimentos serão contratados até o final de 2022.
“Realmente, não adianta ficar brigando todos os anos para receber somente 6% do orçamento, enquanto a iniciativa privada tem muito dinheiro. São US$ 17 trilhões com juros negativos investidos, por exemplo, em instrumentos do tesouro, que não estão dando retorno e podem vir para a área de infraestrutura nacional”, avaliou ele. “O investidor está em busca de estabilidade, contratos mirando longo prazo e retorno do investimento. Temos capacidade de proporcionar um retorno real de 8% a 11% ao ano”, acrescentou. Em outro evento recentemente, Freitas reforçou que, com as obras e concessões, o país vive o momento oportuno para captar investimentos privados, destacando o potencial dos ativos que podem ser repassados como a melhor oferta ao mercado.
Entre os investimentos estão novas obras, mas o ministro reforçou que o foco, no momento, está em finalizar as obras já iniciadas. “Teremos novas obras no próximo ano para combater mazelas antigas. Mas, nosso foco está naquelas que estão rodando porque num cenário de pouco recurso não podemos pulverizar o dinheiro em um monte de projetos e não finalizar”.
Outra vertente destacada por Freitas, durante a Paving, foi o marco legal do saneamento, que tende a expandir o potencial de investimento nesse segmento da infraestrutura.
