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Crea-SP aponta para colapso do sistema logístico estadual 

Assessoria de Imprensa - 02 de fevereiro de 2023 391 Visualizações
Crea-SP aponta para colapso do sistema logístico estadual 

A mobilidade urbana, um dos maiores desafios das cidades, é o que permite a circulação de pessoas, mercadorias e cargas, refletindo no desenvolvimento socioeconômico da sociedade. Com mais de 46 milhões de habitantes, São Paulo conta com a maior infraestrutura de transportes e logística do Brasil. No entanto, relatório produzido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) alerta o governo do Estado para o colapso do sistema logístico estadual. Macrogargalos, pontos críticos e soluções alternativas foram mapeados e reunidos em um documento entregue ao secretário de Governo, Gilberto Kassab, pelo presidente do Conselho, Eng. Vinicius Marchese.

“O panorama encontrado pelo diagnóstico aponta que a transposição rodoviária e ferroviária da Região Metropolitana de São Paulo e o acesso ao Porto de Santos constituem os principais gargalos do sistema de transportes do Estado. Com isso, o estudo evidencia a necessidade de aumento da infraestrutura ferroviária, criação de plataformas logísticas multimodais, maximização do transporte intermodal e melhoria da eficiência do serviço rodoviário de cargas”, explica o engenheiro.

Atualmente, em São Paulo, pouco mais de 2.500 quilômetros de ferrovias são operacionais. O restante da malha, em torno de 2.600 km, está sem utilização e sem manutenção. Enquanto são movimentados no Estado cerca de 1,2 bilhão de toneladas de carga anualmente, a ferrovia paulista movimentou algo como 45 milhões de toneladas. Já as rodovias são responsáveis por transportar mais de 80% do fluxo de cargas e quase 100% dos passageiros. Essa realidade impõe severos danos à competitividade logística com negativas repercussões para o sistema produtivo e o meio ambiente. Para solucionar esse desafio, será preciso efetivar um sistema intermodal, baseado na integração rodoferroviária. A previsão é que, com a ampliação significativa da oferta não-rodoviária de transporte de carga geral e de passageiros, será possível capturar demandas e mantê-las atendidas até 2040 a custos competitivos.