O mercado de galpões logísticos de alto padrão segue registrando recordes, assim como no ano passado. De acordo com pesquisa realizada pela JLL, 2025 começou com números robustos. A taxa de vacância, novamente, é a menor já registrada na história, atingindo a marca de 7,9%. A absorção bruta auferida durante o primeiro trimestre foi a maior dos últimos quatro anos, chegando a 1,1 milhão de m² – 33% desse volume se concentrou no estado de São Paulo e 27% em Minas Gerais.
Esse cenário tem puxado o preço médio dos aluguéis em todo o país para cima. Nacionalmente, o metro quadrado está em torno de R$ 29,10 – 11,6% superior ao ano anterior. Os galpões paulistas têm registrado negociações a valores ainda mais elevados, R$ 31,80/m² em média, um aumento de 17% em relação a 2024.
Esse também foi um período em que a absorção líquida superou o novo estoque. Esse volume está abaixo do esperado para o trimestre – apenas 18% do total projetado foi efetivamente entregue, sendo 36% adiado para entrar no mercado até o final de junho. “Isso ajudou a pressionar a taxa de vacância para baixo e os preços para cima”, analisa André Romano, gerente da divisão Industrial e Logística da JLL. “Estamos passando por um ciclo de expansão da demanda, com a entrega de novos imóveis influenciando a média nacional de preços”, pontua o especialista.
“Apesar do mercado continuar em crescimento, com forte demanda por espaços logísticos, os resultados do primeiro trimestre poderiam ter sido ainda mais expressivos, não fossem o volume abaixo do esperado de novo estoque e a quantidade significativa de devoluções (600 mil m²)”, avalia Rafael Picerni, especialista da JLL em Pesquisa e Estratégia.
Demanda e equilíbrio
Até o final do ano, a expectativa é que a taxa de vacância posso ter leve alta, permanecendo em equilíbrio em todo o Brasil, considerando um cenário de 20% de atraso no volume de novo estoque projetado
para 2025. “Os proprietários estão avaliando o melhor momento de colocarem seus empreendimentos no mercado e as construtoras têm sido cuidadosas quanto ao custo e a viabilidade financeira”, finaliza Picerni.